CEA

O futuro dos servidores do quadro de efetivo da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) começou a ser definido na manhã desta sexta-feira (7), durante a votação na Assembleia Legislativa (ALAP), que selou o destino da companhia no Amapá. Em sessão extraordinária os deputados provaram por unanimidades os projetos que versam sobre a federalização da companhia.

De acordo com o projeto de autoria do deputado Keka Cantuária (PDT), e relator das matérias do Executivo estadual que trata da federalização da concessionaria elétrica, o Governo do Estado fica autorizado a absorver os atuais empregados da companhia, por força do Plano de Contingência apresentado pela Eletrobrás e assinado pelo governador do Estado, Camilo Capiberibe, como medida de redução do custo operacional da empresa, na passagem do controle acionário para a federalização a serem lotados na estrutura estadual.

Pelo projeto apenas os servidores que ingressaram na companhia até 1997, serão amparados pela lei, por força do Plano de Contingencia. Ao justificar o projeto o deputado frisou que a as propostas do Executivo enviadas para o Poder Legislativo, não ofertaram indicativos ou indícios quanto ao aproveitamento dos empregados na estrutura no quadro de servidores do Estado. “Portanto, venho através dessa medida, garantir a manutenção dos atuais empregos dos servidores da companhia, que deram sua colaboração de forma fantástica, na construção do Estado do Amapá, amparados por força da existência de uma lei estadual 0268, de 18 de abril de 1996 e de outros empregados colaboradores que garantem a empresa viva e que deram parte de sua vida, sua juventude e com toda dificuldade mantiveram a CEA atendendo a população, comercio e a indústria do Amapá”, defende o parlamentar.

O deputado Keka Cantuária, que esteve em visita às companhias de eletricidade do Goiás e Roraima, disse que existem problemas similares entre as companhias. “A questão da demissão de servidores é um exemplo. Lá em Goiás foi criado o Programa de Demissão Voluntário, que foi ideal para tratar o caso das demissões”, disse. No caso da CEA, ainda não foram revelados detalhes acerca do que será feito de fato com os atuais servidores da companhia.

Para o presidente do Sindicato dos Urbanitários do Estado do Amapá (STIU/AP), Audrey Cardoso, a federalização é o caminho para o desenvolvimento do Estado. “Que bom que o governo do Estado se convenceu e encaminhou os projetos para a Assembleia Legislativa, que fez o seu papel aprovando os projetos”, comentou Audrey Cardoso, elogiando o desempenho dos deputados Junior Favacho, na condução dos trabalhos na Casa e Keka Cantuária, por estar sempre aberto ao diálogo com a categoria. “Nossos trabalhadores precisam sair desse clima de insatisfação e temor dentro da empresa ocasionado pela falta de segurança de garantia de emprego. Isso sem falar nas perseguições, falta de equipamentos de segurança e de materiais básicos”, afirmou o presidente do STIU/AP Audrey Cardoso, na confiança que o governador Camilo Capiberibe, venha sancionar os projetos, principalmente o que trata da manutenção dos servidores. “Temos algumas duvidas a serem tiradas com o Executivo estadual. Esperamos que ele abra espaço para o diálogo com o sindicato”, conclui.


Fonte: www.al.ap.gov.br